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Por: Carolina Gomes, Lara Moser, Márcio Leonardo, Lucas Tristão, Ingrid, Yasmin Mabília.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Bóia-frias

O que é Bóia – Fria no Brasil?

“Bóia – fria” é o trabalhador agrícola que se desloca diariamente para propriedade rural, geralmente para executar tarefas sob empreitada [Obra por conta de outrem].

Condição dos Bóias – Frias no Brasil:

·        Um bóia – fria corta em média 12 toneladas de cana por dia.
·        Para cortar 10 toneladas de cana, o trabalhador precisa desferir [Arremessar] 9.700 golpes de podão – instrumento usado no corte.
·        Cada tonelada de cana – de – açúcar queimada cortada rende em média R$ 2,20 ao bóia – fria.
·        Uma tonelada de cana – de – açúcar queimada cortada rende em média 148 kg de açúcar.
·        Uma saca (50 kg) de açúcar cristal é negociada a R$ 31,80.
·          Um cortador eficiente ganha cerca de R$ 600 brutos por mês.
·        A jornada de trabalho de um bóia – fria começa às 5 horas da manhã e pode terminar às 5 da tarde.
·        Piracicaba é uma das maiores cidades produtoras de cana – de – açúcar na região de São Paulo.
·        O bóia-fria trabalha em condições de higiene muito precária. Não existe, por exemplo, banheiros no canavial.

Críticas a este tipo de trabalho:

- Este tipo de trabalhador vive em condições precárias.
- Não possuem, em seu local de trabalho, condições de higiene.
- Estão sujeitos a serem picados por cobras, mosquitos e outros animais nocivos.
- Tem uma carga horária de trabalho muito elevada, em média, 12 horas por dia.
- Não recebem um salário digno pelo seu trabalho
- Não tem assistência médica, odontológica, etc.
- Na sua maioria não possui escolaridade e alguns possuem uma escolaridade mínima.
- Trabalham debaixo de sol muito forte e até mesmo de chuva
- Não trabalham com equipamentos de proteção e, às vezes, quando é oferecido pelo patrão já é equipamento ruim como, por exemplo, luvas rasgadas.


Escravidão no Brasil atual:

Escravo – É o indivíduo que não tem liberdade, ou seja, que não é livre. É o indivíduo que está sobre o domínio, nos dias de hoje, de um patrão. No passado o escravo, geralmente negro, era visto como uma mercadoria. Podia ser comprado e vendido livremente. Com a abolição da escravatura entende-se que acabou o trabalho escravo, porém, os indivíduos atualmente são escravizados pelo poder econômico. Eles ficam sujeitos aos seus “patrões” pelo endividamento. Endividamento este que são gerados pelos patrões com transporte para o local de trabalho, compra de alimentos, e outros. Geralmente, os patrões, possuem um mercado onde os “escravos” compram o seu sustento a preços elevados, e não tendo como pagar o que devem ao patrão eles se sujeitam a trabalhar, a preços estabelecidos pelo patrão, para saldar suas dívidas. Eles ficam ligados ao patrão, porque o que ganham não é suficiente para pagar suas dívidas. Com isso, eles estão sempre devendo aos patrões. Alguns patrões, por sua vez, ameaçam até de morte os seus “trabalhadores”.
            Nos dias atuais nos deparamos com o trabalho escravo em vários segmentos da sociedade, variando de acordo com a região. Temos trabalho escravo nas carvoarias ( local onde se produz carvão ); nas olarias ( local onde se produz tijolos ); em grandes propriedade rurais ( trabalho em lavoura de café, cana e outros );

Reportagem:


                                                                                 Trabalho escravo na colheita de cana.
 
Nas letras da lei, a escravidão está extinta, porém, em muitos países, principalmente onde a democracia é frágil, há alguns tipos de escravidão, em que mulheres e meninas são capturadas para serem escravas domésticas ou ajudantes para diversos trabalhos. Há ainda o tráfico de mulheres para prostituição forçada, principalmente em regiões pobres da Rússia, Filipinas e Tailândia, dentre outros países.
A expressão escravidão moderna possui sentido metafórico, pois não se trata mais de compra ou venda de pessoas. No entanto, os meios de comunicação em geral utilizam a expressão para designar aquelas relações de trabalho nas quais as pessoas são forçadas a exercer uma atividade contra sua vontade, sob ameaça, violência física e psicológica ou outras formas de intimidações. Muitas dessas formas de trabalho são acobertadas pela expressão trabalhos forçados, embora quase sempre impliquem o uso de violência.
Atualmente, há diversos acordos e tratados internacionais que abordam a questão do trabalho escravo, como as convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proíbem a servidão por dívida. No Brasil, foi somente em 1966 que essas convenções entraram em vigor e foram incorporadas à legislação nacional. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) trata do tema nas convenções número 29, de 1930, e 105, de 1957. Há também a declaração de Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho e seu Seguimento, de 1998.
De acordo com o relatório da OIT de 2001, o trabalho forçado no mundo tem duas características em comum: o uso da coação [constrangimento] e a negação da liberdade. No Brasil, o trabalho escravo resulta da soma do trabalho degradante com a privação de liberdade. Além de o trabalhador ficar atrelado a uma dívida, tem seus documentos retidos e, nas áreas rurais, normalmente fica em local geograficamente isolado. Nota-se que o conceito de trabalho escravo é universal e todo mundo sabe o que é escravidão.
Vale lembrar que o trabalho escravo não existe somente no meio rural, ocorre também nas áreas urbanas, nas cidades, porém em menor intensidade. O trabalho escravo urbano é de outra natureza. No Brasil, os principais casos de escravidão urbana ocorrem na região metropolitana de São Paulo, onde os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos, sobretudo os bolivianos, e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas de costura. A solução para essa situação é a regularização desses imigrantes e do seu trabalho.
A escravidão no Brasil foi extinta oficialmente em 13 de maio de 1888. Todavia, em 1995 o governo brasileiro admitiu a existência de condições de trabalho análogas à escravidão. A erradicação do trabalho escravo passa pelo cumprimento das leis existentes, porém isso não tem sido suficiente para acabar com esse flagelo social. Mesmo com aplicações de multas, corte de crédito rural ao agro pecuarista infrator ou de apreensões das mercadorias nas oficinas de costura, utilizar o trabalho escravo é, pasmem, um bom negócio para muitos fazendeiros e empresários porque barateia os custos da mão de obra. Quando flagrados, os infratores pagam os direitos trabalhistas que haviam sonegado aos trabalhadores e nada mais acontece.
De modo geral, o trabalho escravo só tem a prejudicar a imagem do Brasil no exterior, sendo que as restrições comerciais são severas caso o país continue a utilizar de mão de obra análoga à escravidão. Como são público e notório que o Brasil usa trabalho escravo, sua erradicação é urgente, sobretudo para os trabalhadores, mas também para um bom relacionamento comercial internacional.
Criada em agosto de 2003, a Comissão Nacional Para a Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), órgão vinculado à Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, tem a função de monitorar a execução do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. Lançado em março de 2003, o Plano contém 76 ações, cuja responsabilidade de execução é compartilhada por órgãos do Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, entidades da sociedade civil e organismos internacionais.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

 

Críticas a este tipo de trabalho:

- Este tipo de trabalhador vive em condições precárias.
- Não possuem, em seu local de trabalho, condições de higiene.
- Estão sujeitos a serem picados por cobras, mosquitos e outros animais nocivos.
- Tem uma carga horária de trabalho muito elevada, em média, 12 horas por dia.
- Não recebem um salário digno pelo seu trabalho
- Não tem assistência médica, odontológica, etc.
- Na sua maioria não possui escolaridade e alguns possuem uma escolaridade mínima.
- Trabalham debaixo de sol muito forte e até mesmo de chuva
- Não trabalham com equipamentos de proteção e, às vezes, quando é oferecido pelo patrão já é equipamento ruim como, por exemplo, luvas rasgadas.
- O que podemos dizer é que o trabalhador escravo, nos dias de hoje, tem liberdade. Ele deixou de ser uma mercadoria e passou a ser respeitado como cidadão, ou seja, ele não pode ser comprado ou vendido como eram os escravos antigamente. Também podemos citar que antigamente, somente os negros eram escravos. Atualmente negros e brancos se tornaram escravos do poder econômico.
Postado por: Ingrid - Turma: 801

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